quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Teen day


(...) Eu estava a tentar descobrir o que significava ser adolescente, aquela rebeldia típica da idade fervilhava-me no sangue, as responsabilidades fugiam-me entre as mãos. Admito que os meus pais tiveram alguma dificuldade em segurar-me em casa, fazendo do meu quarto um outro lugar, o único que eu habitava. 
A adolescência é sempre uma fase complicada, é uma fase de descoberta, descobrimos os amigos, os amores e descobrimos-nos a nós mesmo, descobrimos a pessoa que um dia nos iremos tornar. E aqui estou eu, sentada no chão de uma sala vazia tal e qual quando em adolescente me sentava no chão do quarto com o computador apoiado nas minhas pernas, afinal a vida não dá assim tantas voltas, ou se dá, acaba por nos levar ao mesmo ponto de partida.

Ana Silva

terça-feira, 10 de setembro de 2013

out


“O amor é para parvos”, dizia alguém que eu costumava conhecer, e essa mesma pessoa já se apaixonou uma vez? Duas vezes? Não se sabe porque “quem anda á chuva molha-se”. O amor deveria ser uma disciplina dada na escola. Sim, eu sei que o amor já vem dentro de nós, logo que vemos a luz ao sair da barriguinha, mas a nossa mãe não nos parte o coração, aliás, ela compra-nos a cola necessária para o consertar, faz-nos perceber que a vida está cheia de mauzões que nos querem roubar o coração. Na escola devia-se aprender a controlar o coração, a controlar o amor tal como o Harry Potter aprende a controlar uma pena com o feitiço “leviossa”. E como diz a música “Eu não tenho experiência ninguém me ensinou, nenhuma ciência ensina o amor e agora eu não sei como curar esta dor.” É verdade! Quem é que tem experiência no amor? Para mim o amor é uma experiência, e cada amor, cada pessoa é diferente, porque cada um é como cada qual. E ainda dizem que na vida só há um amor, então os outros são o quê? Folhas soltas de uma árvore em plena tarde de outono? Claro que há sempre um relacionamento que é mais intenso, mais duradouro, mais forte, mas não quer dizer que não haja mais amores. Há amores maiores, amores mais pequenos, mais vividos ou menos vividos, há amores para todos os gostos feitios e ocasiões. Por isso é que escrever sobre o amor é muito vago, porque toda a gente tem e teve muitos e todos diferentes. O amor é bom, faz-nos bem, até quando dói porque nos pica lá no fundo e acorda-nos para a vida. 
O amor vive-se e vive-nos.

Ana Silva

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

in




(...) "Poderia continuar com este relato, mas para quê? Se na verdade eu acabei de perceber quão imaturos éramos  quão imatura eu era ao ponto de não perceber que não havia nada para continuar a não ser uma amizade, sim sempre fomos amigos, mas porquê pensar que seriamos algo mais quando simplesmente não dava. Mesmo que ele estivesse ao pé de mim, ele não era nem de perto o par que eu procurava, a metade que eu precisava, ele era a distracção que eu tinha e distraí-me tanto que nem percebi o quão longe eu estava a ir nesta estrada sem saída.
Doze anos depois aqui estamos nós, com mais história, mais maturidade mas com o mesmo sentimento e posso falar por mim, porque pelos homens quem me dera saber falar."



Ana Silva

[Este excerto faz parte de algo que estou a começar a escrever]

sábado, 7 de setembro de 2013

..

A cabeça dá tantas voltas depois de uma discussão,"o que é que disse?" "
O que é que eu deveria ter dito", e maior parte das vezes o problema nem foi esse.
O problema fui eu, ou tu, ou alguém não ter pensado que ninguém pensa em ti,
 ninguém cuida melhor de ti se não fores tu próprio. O amor faz-nos sentir protegidos, amados
a amizade faz-nos sentir felizes e abençoados, mas no fundo quem sente tudo és tu! Se não tivesses um amor terias que te sentir protegido na mesma
terias que fazer como uma tartaruga, recolher-te para dentro da carapaça e proteger o coração e se não tivesses amigos
terias que ser feliz na mesma, porque ninguém é tão infeliz assim.
Não quero dizer que não precisas de amigos, de um amor, estou a dizer que precisamos de nós. Temos que pensar em agradar-nos, em ajudar-nos, em chegar ao topo daquela montanha por nós
e não por alguém que apareceu e que como isso também pode desaparecer e aí ficamos sem nada, porque os nossos objectivos, as nossas crenças, as nossas esperanças estavam todas naquela pessoa
e ela acabou de sair e fechar a porta.  Ana Silva
[Quem quiser usar algum excerto do texto pode fazê lo desde que acompanhem com o link do post, obrigada!]

LINK: http://sameaalways.blogspot.pt/2013/09/blog-post.html